PESACH/PÁSSCOA - PASSAGEM! escrito pela pedagoga Nilsa Correa Faria Meneguetti

A palavra páscoa, “pesach” tem cerne nos textos bíblicos com dois significados, o ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48) e a vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6). Com carga semântica advinda do verbo “pasach”, passar por cima, no substantivo “pesach/páscoa” permanece o sentido de salto, passagem, movimento, caminhada, travessia, numa maior alusão ao sair apressadamente do Egito (o Sêder de Pessach),
êxodo do povo judeu, os hebreus pelo Mar Vermelho liderados por Moisés, por volta de 1280 a.C, onde foram aprisionados e escravizados pelos faraós por muitos  anos. Nesse episódio se recorda  que pela  rápida fuga do Egito os judeus comeram o matzá (pão sem fermento) pois não houve tempo para fermentar o pão.
No mundo ocidental, a Páscoa é comemorada como uma festa móvel, principalmente nos países com fortes influências do cristianismo, e ocorre entre os dias 22 de março a 25 de abril. Para os cristãos, os crentes nos ensinamentos de Jesus Cristo, Ele tomou sobre si os pecados e os pesares do mundo, e venceu a morte pela cruz, ressurgindo para uma nova vida. O cristianismo prega pelo seu dogma de Fé e pela cultura da tradição religiosa os ensinamentos enraizados na ressurreição de Jesus Cristo. De acordo com o calendário cristão a Páscoa procede ao encerramento da chamada Semana Santa, a qual se instala ao fim do período de 40 dias de preparação espiritual, oração, jejum e penitência, iniciada após a Quarta-Feira de Cinzas conhecido como “Quaresma”.
O dia da Páscoa foi estabelecido por decreto do Primeiro Concílio de Niceia (ano de 325 d.C.), devendo ser celebrado sempre ao domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera (no Hemisfério Norte) e outono (no Hemisfério Sul). No mundo contemporâneo as comemorações referentes à Páscoa tem seu auge na “Sexta Feira Santa”, onde é relembrada a crucificação de Jesus, terminando no “Domingo de Páscoa”, que celebra a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus discípulos por volta do ano 33 d.C.. Portanto, numa trajetória histórico religiosa, Páscoa é morrer em Adão e renascer em Cristo! É o sentido de redenção, que afirma pela tradição religiosa a intenção de afirmar que cada geração de celebrante tem o dever de pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das gerações do passado.
A Páscoa anuncia pelo seu ritual o fim do medo e, consequentemente, a confirmação da confiança em Deus. Celebrar a Páscoa é resgatar os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele possa fazer o mesmo pela humanidade por meio  do seu filho, Jesus Cristo, na atualidade.

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