A
palavra páscoa, “pesach” tem cerne nos textos bíblicos com dois
significados, o ritual ou celebração da primeira festa do antigo
calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48) e a vítima do sacrifício,
isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6). Com carga
semântica advinda do verbo “pasach”, passar por cima, no
substantivo “pesach/páscoa” permanece o sentido de salto,
passagem,
movimento,
caminhada, travessia, numa maior alusão ao sair apressadamente do
Egito (o Sêder de Pessach),
êxodo
do povo judeu, os hebreus pelo Mar Vermelho liderados por Moisés,
por volta de 1280 a.C, onde foram aprisionados e escravizados pelos
faraós por muitos anos.
Nesse
episódio se recorda que pela rápida
fuga do Egito os judeus
comeram
o matzá
(pão sem fermento) pois não houve tempo para fermentar o pão.
No
mundo ocidental, a Páscoa é comemorada como uma festa móvel,
principalmente
nos países com fortes influências do cristianismo, e ocorre
entre os
dias 22 de março a 25 de abril. Para
os cristãos, os crentes nos ensinamentos de Jesus Cristo, Ele tomou
sobre si os pecados e os pesares do mundo, e venceu a morte pela
cruz, ressurgindo para uma nova vida. O cristianismo prega pelo seu
dogma de Fé e pela cultura da tradição religiosa os ensinamentos
enraizados na ressurreição
de Jesus Cristo. De acordo com o calendário cristão a Páscoa
procede ao encerramento da chamada Semana Santa, a qual se instala ao
fim do período de 40 dias de preparação espiritual, oração,
jejum e penitência, iniciada após a Quarta-Feira de
Cinzas conhecido como “Quaresma”.
O
dia da Páscoa foi estabelecido por decreto do Primeiro Concílio de
Niceia (ano de 325 d.C.),
devendo ser celebrado sempre ao domingo após a primeira lua cheia do
equinócio da primavera (no Hemisfério Norte) e outono (no
Hemisfério Sul).
No
mundo contemporâneo as comemorações referentes à Páscoa tem seu
auge na “Sexta
Feira Santa”,
onde é relembrada a crucificação de Jesus, terminando no “Domingo
de Páscoa”,
que celebra a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus
discípulos
por
volta do ano 33 d.C..
Portanto, numa trajetória histórico
religiosa,
Páscoa é morrer em Adão e renascer em Cristo! É o
sentido de redenção, que afirma pela tradição religiosa a
intenção de afirmar que cada geração de celebrante tem o dever de
pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das gerações do
passado.
A
Páscoa anuncia pelo seu ritual o fim do medo e, consequentemente, a
confirmação da confiança em Deus. Celebrar a Páscoa é resgatar
os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele possa
fazer o mesmo pela humanidade por meio do seu filho, Jesus
Cristo, na atualidade.
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