“A MAIOR SUPERAÇÃO AINDA ESTÁ POR VIR” DENISE PIROLO


Rever estas medalhas é mais do que relembrar uma coleção de derrotas e de vitórias meritórias. Também vai além da confirmação da possibilidade de superação individual diante do esforço em aprender um esporte que a humanidade nos oportuniza. A responsabilidade é maior do que isto. É perceber que ao internalizarmos uma manifestação da cultura corporal,
modificamo-nos ao mesmo tempo em que contribuímos com a modificação do nosso entorno diante de um objetivo comum. Ainda, é a possibilidade em revelar se o objetivo comum perseguido é contribuidor do tornar-se humano.”
Em busca de superação, os esportes (natação, judô, handebol, atletismo, vôlei de praia, voleibol e tiro esportivo) sempre estiveram presentes na vida de Denise Pirolo, muitos contribuíram de uma forma ou outra, como consequência, desde tenra idade participou em vários eventos.
Com especialização em treinamento desportivo (1992) e como técnica e treinadora de voleibol atuou em Jogos Escolares no feminino e masculino obtendo várias conquistas para colégios de Maringá (Marista, Gastão Vidigal). Os mesmos resultados foram obtidos com a seleção masculina infanto-juvenil de Iguaraçu e, por 16 anos, na seleção feminina de base de Maringá. Atuou no Projeto Polo Esportivo do Paraná, no Projeto Rexona de voleibol no Paraná e Viva Vôlei da Confederação Brasileira de Voleibol em Maringá. O resultado, por Maringá conquistou o 2º lugar nos Jogos de Federação Paranaense de Voleibol infanto-juvenil feminino, como consequência foi convocada como auxiliar técnica da seleção paranaense, logo, seus atletas chegaram à seleção paranaense e brasileira, feminina e masculina infanto-juvenis.
De 1993 a 2002, atuou como Apontadora na Super Liga de voleibol Feminino e Masculino, em Maringá, Londrina e Cascavel pela Confederação Brasileira de Voleibol. Atuou como árbitro e coordenadora de arbitragem nos Jogos Abertos do Paraná, Jogos Escolares do Paraná e Jogos Escolares de Maringá. Foi vice-presidente da Sub-sede Maringá da Federação Paranaense de Voleibol.
Também foi atleta durante muitos anos. Nos tempos que cursava educação física conquistou 3º lugar (1,70 metros) em salto em altura e terceiro lugar no voleibol em Jogos Universitários.
No voleibol, em 1986 foi convidada pelo técnico João Crisóstomo Marcondes Bojikian para teste no Pão de Açúcar de São Paulo, equipe que disputava Campeonato Brasileiro Feminino de Clubes. Jogou por Londrina, Curitiba e por Maringá competiu nos Jogos Estaduais de Federação Paranaense de Voleibol (onde conquistou 3º lugar) e em muitas edições dos Jogos Abertos do Paraná – JAPs. Nos JAPs edição de 1986 conquistou segundo lugar; foi Atleta Destaque na edição 1989, conquistando o bronze. Em Toledo (1990) obteve o 3º lugar e na edição de Maringá (1991) foi prata.
Quando encerrou a carreira no voleibol, mesmo com bons resultados no Vôlei de Praia (1º lugar no regional) iniciou o Tiro Esportivo (de 1999 a 2001), esporte que deu o primeiro ouro Olímpico brasileiro. Nos JAPs em 2000, na pistola 22: individual ficou em 2º lugar; e por equipe em 1º lugar. Na carabina 22: em 1º lugar individual e por equipe. Em 2001, no individual carabina conquistou prata e na categoria 22 e bronze na categoria Puma; por equipe levou o ouro.
 A professora que dá aulas em escolas públicas e particulares desde que se formou em educação física (1985) e que atualmente desenvolve o Projeto Mais Educação - Voleibol (parceria do governo federal e estadual para a educação integral) no colégio Tomaz Edison de Andrade Vieira em Maringá, local onde também leciona com satisfação de conviver com seus alunos, tem consciência que a superação maior está por vir, por isto busca contribuir com a superação deste limite. “Há um longo caminho a percorrer para potencializar o ser mais humano dentro de nós. A superação deve ser perseguida se o objetivo a ser atingido for para a formação humana. Somos seres sociais, a superação dos limites só é possível socialmente. Nisto não há medalha que poderá sintetizar tal fato”.